tag:blogger.com,1999:blog-7998208823791975753.post1126496754252565571..comments2023-10-26T17:51:55.566+08:00Comments on O Protesto: Maltratada línguaNuno Lima Bastoshttp://www.blogger.com/profile/07282429148526249186noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-7998208823791975753.post-62304824948850212352008-07-14T18:50:00.000+08:002008-07-14T18:50:00.000+08:00Muito obrigado por tão extenso e interessante cont...Muito obrigado por tão extenso e interessante contributo! Julgo que sei quem o escreveu, pois já tivemos oportunidade de trocar algumas impressões sobre este assunto, mas respeitarei o seu anonimato, claro.<BR/><BR/>Respondendo à sua questão sobre a defesa da língua portuguesa, o que lhe posso dizer é que luto diariamente na minha vida profissional e fora dela para que o meu idioma seja respeitado em Macau e tão bem escrito quanto possível. É um combate interminável e francamente desgastante, tamanhas as alarvidades que encontro à minha volta!<BR/><BR/>Os erros que vou apontando aqui no blogue, sejam em placas toponímicas ou em publicações, constituem quase uma mera brincadeira, embora na expectativa de que algum efeito útil daí resulte. O verdadeiro esforço é, contudo, no local de trabalho, revendo muito do que me passa pelas mãos e procurando, na medida do possível, esclarecer os respectivos autores ou tradutores.<BR/><BR/>Quanto à Escola Portuguesa, percebo a intenção de a internacionalizarem, dado o contexto onde nos encontramos. Não é apenas o problema da progressiva diminuição do número de alunos; é também a necessidade de se preparar os alunos de uma forma que lhes abra diversas possibilidades em termos de ensino superior. Quem vive no estrangeiro apercebe-se de que o sucesso profissional tende a passar, cada vez mais, pela capacidade de movimentação em diferentes meios, ao contrário da velha ideia de as pessoas se confinarem exclusivamente ao seu país natal. Ora, uma formação liceal "internacionalizada" poderá preparar melhor os jovens para esse futuro também "internacionalizado".<BR/><BR/>O fundamental é que essa internacionalização não menorize ou ponha o português de lado, quer para os alunos de língua materna portuguesa, quer para os de outros idiomas que se matriculem na escola. Pelo contrário, se a internacionalização servir para também se ensinar algum português aos alunos que optem por vias de ensino em outras línguas, acabará, afinal, por ser um contributo para o reforço da língua de Camões em Macau.Nuno Lima Bastoshttps://www.blogger.com/profile/07282429148526249186noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7998208823791975753.post-12461077843437161862008-07-12T00:15:00.000+08:002008-07-12T00:15:00.000+08:00A língua é um elemento essencial da cultura de um ...A língua é um elemento essencial da cultura de um povo. É um instrumento, um veículo, para comunicar essa cultura, sendo seguro que o uso de outra língua não consegue transmitir com a mesma exactidão os sentimentos e a vivência desse povo. Mas também é um instrumento económico: exige-se o conhecimento de determinada língua para conseguir um determinado emprego, usa-se uma determinada língua no livro de instruções para vender um produto num determinado mercado, etc.<BR/> Para divulgar a cultura portuguesa deve ser utilizada a língua portuguesa. Para defesa da economia portuguesa devemos usar a língua daqueles a quem queremos vender os nossos produtos (vejam-se as brigadas de chineses a aprender línguas estrangeiras, incluindo a portuguesa. Porque será?).<BR/> O fim cultural e o fim económico nem sempre ocupam a mesma importância na política da defesa da língua (por exemplo, o Instituto Cervantes e o Instituto Camões que têm funções idênticas relativas à língua espanhola e à língua portuguesa, respectivamente, têm políticas completamente diversas. É certo que também têm meios e vontades (ganas) diferentes). <BR/> Uma escola primária, secundária ou universitária pode ter razões diversas para usar uma determinada língua para veicular os conhecimentos que ensina. Designadamente para divulgar determinada cultura ou por razões comerciais, usando uma língua que tem mais procura e que pode justificar melhores propinas. Num caso, a escolha tem razões culturais; no outro, tem razões mercantilistas.<BR/> Em Macau, parece-me que tem um papel importante relativamente à língua portuguesa a Escola Portuguesa de Macau. Mas que papel? Fala-se agora, desde que veio cá a Srª Ministra da Educação, em internacionalizar a Escola Portuguesa. A Escola Portuguesa de Macau está a perder alunos de ano para ano. Essa escola também vive de propinas, há quem lhe queira reduzir os subsídios e já tem professores que não falam a língua portuguesa. O que será a internacionalização?<BR/><BR/> Sr. Dr. Lima Bastos, continuará a justificar-se a sua persistente defesa da língua portuguesa, difundindo fotografias de placas toponímicas mal escritas, por exemplo? Voltando a Cervantes: embora Macau não seja propriamente a planície manchega, não estará a lutar contra moínhos de vento? Indo a Camões, o velho do restelo estaria contra a internacionalização da Escola Portuguesa de Macau?Anonymousnoreply@blogger.com