segunda-feira, 19 de julho de 2010

Chegou a concorrência

Em Maio de 2008, estive lá e fotografei o que então era apenas um gigantesco estaleiro de construção. Parece que o mega-resort de Sheldon Adelson em Singapura foi, finalmente, inaugurado. O magnata do jogo passa a jogar em dois tabuleiros no Sudeste Asiático. Quais as consequências para Macau?



Jardins suspensos em três torres marcam novo resort de Singapura
Fugas
17 de Julho de 2010

Quartos: 2561, dos quais 230 suites de luxo. Funcionários directos: 10 000. Capacidade diária do casino: 25 000 pessoas. Visitantes esperados por ano: mais de 18milhões. Investimento: 4765 milhões de euros. Os números chegam para impressionar, mas o Marina Bay Sands Resort não se ficou por aqui e transformou-se no mais recente ex-líbris de Singapura. A imagem da cidade está agora marcada por estas três gigantes torres de vidro, unidas por uma megaplataforma com o formato de um convés de um luxuoso navio-cruzeiro. Trata-se de um SkyPark, de 1,2 hectares, que integra uma impressionante piscina infinita de 150 metros e um restaurante com a assinatura do conceituado chefe Justin Quek, tido com um dos maiores de Singapura. Mas há mais: Mario Batali e Daniel Boulud, ambos de Nova Iorque, Wolfgang Puck, de Los Angeles, Santi Santamaria, de Barcelona, Guy Savoy, de Paris, e Tetsuya Wakuda, de Sydney, prometem em conjunto criar um destino gastronómico ímpar. Além dos mais de cinquenta restaurantes disponíveis, o resort, que foi inaugurado oficialmente a 24 de Junho, inclui ainda 75 000 metros quadrados de área comercial (onde não faltam marcas de topo: Cartier, Chanel, Fendi, Prada ou Yves Saint Laurent), teatros com um total de quatro mil lugares, um museu e um pavilhão de cristal. Não esquecendo, claro, o já mencionado casino — ou não se estivesse a falar de um empreendimento da norte-americana Las Vegas Sands, gigante americano de casinos —, que só por si deverá gerar receitas anuais de quase sessenta milhões de euros.