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quarta-feira, 8 de julho de 2009

Torneio de futebol virtual

Dentro de semana e meia, a 18 deste mês, a Casa de Portugal vai levar a cabo o seu primeiro torneio de videojogos. A plataforma a utilizar será a Xbox 360, da Microsoft, e o único jogo o FIFA 2009, da Electronic Arts. Uma iniciativa que saúdo, até porque ando há anos a sugerir-lhes a organização de LAN parties (embora reconhecendo que estas são bem mais complexas de pôr de pé).

Os dinamizadores do torneio são os meus amigos Jorge Vale e Ricardo Igreja, dois aficcionados dos videojogos e, em especial, da Xbox 360. Felizmente, já me garantiram que não vão entrar na prova. Já bastam as "cabazadas" que as crianças nos aplicam...

Resta esperar que o torneio seja um grande sucesso e apenas o primeiro de muitos - e que os próximos incluam, claro, umas corridas de carros e os dois géneros que mais aprecio para sessões multiplayer: uns bons FPS e RTS (que saudades daquelas longas sessões de Warcraft II, Red Alert ou Age of Empires nos late 90's...).

quinta-feira, 11 de junho de 2009

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A propósito da revisão estatutária da CPM

Nuno Lima Bastos
17 de Julho de 2008

Precisamente quando cogitava sobre o que haveria de escrever esta semana, bloqueado por uma manifesta falta de inspiração, eis que recebo a proposta de alteração estatutária que vai hoje a votos na assembleia-geral anual da Casa de Portugal em Macau (CPM).
Da convocatória recebida há alguns dias, depreendera já que se pretendia consagrar estatutariamente o cariz desportivo que a associação vem assumindo de facto há alguns anos, presumo que também para facilitar o acesso a apoios públicos nesta área.
Percorrendo apressadamente o documento, encontro, contudo, outras interessantes propostas: por exemplo, a de se incluir nos fins da CPM a criação de «núcleos de acção cultural e de formação que se mostrem adequados à permanente valorização das competências e saberes dos membros da comunidade portuguesa», assim como «fomentar a cooperação e o conhecimento mútuo das respectivas culturas com as demais comunidades residentes em Macau, nomeadamente as restantes comunidades de língua portuguesa».
Isto faz-me recordar um desejo de longa data: que as comemorações do 10 de Junho sejam uma montra de Portugal para toda a população do território. Não seria muito mais interessante e gratificante para todos nós que, em vez de uma recepção aberta no antigo Belavista (ou a par dela), houvesse uma celebração alargada no Largo do Senado, onde fossem dados a conhecer a história, a cultura e os produtos portugueses – incluindo dois dos mais apreciados, a gastronomia e o desporto? Não falo apenas de uma espécie de feira, mas de algo bem mais elaborado: painéis com fotografias do nosso país e informação em várias línguas, um ecrã gigante com vídeos das diferentes regiões do país e dos muitos eventos internacionais que ali têm decorrido na última década (e tenho visto alguns muito bem conseguidos da responsabilidade do Turismo de Portugal, I.P.), balcões de empresas portuguesas e dos seus produtos, um palco onde decorressem iniciativas culturais e intervenções oportunas de representantes do Governo português, etc. Ambicioso? Talvez. Impossível? De modo nenhum! É uma questão de se começar. Se um projecto destes tiver receptividade das autoridades, empresas e associações portuguesas, poderá crescer paulatinamente e assumir-se como um grande evento dentro de poucos anos.
Paralelamente, há pequenas ideias que são muito bem acolhidas pela população local e despertam a sua atenção para a nossa comunidade e o nosso país. Um desses casos sucedeu em 2004, quando Portugal organizou o campeonato da Europa de futebol: os jardins do nosso consulado geral em Macau foram preenchidos com réplicas em tamanho real dos jogadores da selecção nacional e, de repente, toda a imprensa chinesa falava nisso e ninguém que ali passasse permanecia indiferente à iniciativa. Pena foi que não tivesse tido continuidade.
Voltando aos estatutos da CPM, reparei que prevêem a criação de grupos de trabalho, fóruns de debate e observatórios, assim como a existência de um conselho consultivo, que nunca foi constituído em sete anos de funcionamento da CPM.
Confesso-me algo avesso a estes conselhos, que costumam servir apenas para atribuir posições honoríficas a pessoas que nada de útil fazem pela agremiação, limitando-se a se pavonear nas fotografias e nos repastos ao lado das individualidades, pelo que talvez fosse melhor simplesmente expurgar este órgão dos estatutos.
Já quanto aos fóruns de debate e afins, lamento que nunca tenham tido grande expressão ou, pelo menos, existência mais regular, porque a comunidade carece de debate e tem gente competente para o fazer, como se viu na passada sexta-feira, na sessão de lançamento do novo livro de Arnaldo Gonçalves, O Poder e o Direito. E, sem desprimor para algumas palestras e tertúlias já promovidas pela CPM sobre temas mais ou menos inócuos, ainda que úteis (e reconheço o esforço de quem as organizou), do que precisamos é de debate sério e temas quentes! Para quando um debate sobre o funcionamento das instituições portuguesas em Macau (o IPOR, a Escola Portuguesa, o consulado, até as associações)? E outro sobre o uso da nossa língua na administração e nas concessionárias de serviços públicos, com as conclusões enviadas por escrito às visadas? E outro sobre o acompanhamento da comunidade portuguesa pelos partidos políticos nacionais, incluindo os seus representantes parlamentares, igualmente com os pontos fortes transmitidos aos visados (já basta de turismo à conta do erário público...)? E outro sobre o desenvolvimento do sistema político de Macau, tão na ordem do dia?
Matéria não parece faltar. É uma questão de não nos auto-amordaçarmos, como ouvi dizer há uma semana. Por onde querem começar?