Segundo o Público, foram apreendidos «mais de 400 quilos de alimentos compostos com leite chinês, 11 unidades de produtos lácteos e 7500 quilos de produtos alimentares mal rotulados e fora do prazo de validade». Foram, ainda, «retiradas 644 unidades de produtos não alimentares, por deficiente ou falta de rotulagem em português, e levantados autos de contra-ordenação, incluindo a falta de livro de reclamações, falta de rotulagem, falta de tradução para português e falta de HACCP (Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos)», afirma um comunicado da ASAE citado por aquele jornal.
Nada como uma "crisezita" destas para os consumidores e os comerciantes perceberem - da pior maneira, infelizmente - a importância dos procedimentos de controlo da qualidade e segurança alimentar. E para combater o mau hábito de se pensar que compensa sempre comprar mais barato.
É como as tascas e muitos supermercados e mercearias de Macau: se as inspecções sanitárias existissem e funcionassem a sério, mais de metade já tinham fechado as portas... Mas os consumidores locais não parecem preocupados com isso. Pois se até já vi clientes a escarrar no interior de estabelecimentos de comidas!
2 comentários:
Caro Nuno,
Não faço uma leitura tão positiva da acção da ASAE.
Enquanto andavam a perseguir ciganos nas feiras, armados até aos dentes, sempre com larga cobertura jornalistica, só deram conta que temos o mercado pejado de produtos lácteos chineses, há muito interditados na CE, sem rotulagem em português e, nalguns casos, fora de prazo.
É inegável que a ASAE faz falta, deve é mudar a forma de actuar, e tem muito por onde escolher sem necessitar sequer empunhar um bastão quanto mais mobilizar um exército, uma esferográfica e um bloco de multas basta na maioria dos casos, se se mostrar ineficaz, então poderiam pedir reforços armados até, mas deveriam ter tido uma abordagem inicial diferente.
Um abraço,
Carlos
Antes de mais, agradeço-lhe o comentário.
O cerne desta minha posta era mais a importância da fiscalização da qualidade e segurança alimentar, que é muito fraca em Macau. Fiz a referência à ASAE mais para introduzir o tema - aproveitando as referências da notícia ao grande escândalo alimentar do momento - do que propriamente para avaliar a sua actuação, embora reconheça que a forma como escrevi o texto e o próprio título da posta acabam por transmitir a ideia de que era mesmo da ASAE que eu queria falar.
Um abraço.
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