De acordo com uma notícia da LUSA, o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), Vicente Moura, terá classificado de «oportunistas» os que defendem um boicote aos Jogos Olímpicos de Pequim devido às questões do Tibete e dos direitos humanos na China. A peça não esclarece se o adjectivo é extensível aos dirigentes e individualidades mundiais que sustentam apenas o boicote da cerimónia de abertura da prova por aquelas razões. Seria interessante que este ponto fosse esclarecido por Vicente Moura.
Segundo a mesma notícia, o presidente do COP refuta uma eventual restrição da liberdade de expressão dos atletas, «pois estes são livres e vivem num país livre». Não deixa, no entanto, de adiantar que os atletas terão «que responder pelas suas declarações» e que espera que estes «percebam o que está em jogo». Será impressão minha ou isto é uma intimidação subreptícia dos atletas olímpicos?
Estava previsto Vicente Moura ser um dos portadores da tocha olímpica em Macau, como referi na minha crónica do passado dia 10 deste mês, mas acabam de me informar que, afinal, essa vinda foi cancelada.
Estas declarações têm suscitado muitos comentários dos leitores no sítio do jornal Público. Mais detalhes aqui.
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5 comentários:
O Moura ainda está a pagar ao Silvério as mordomias que recebeu deste ao longo dos últimos anos. É um vendido.
Segundo o príncipio de que o anonimato só deve ser usado para evitar represálias, e nunca, por nunca, atacar ninguém, faço uso dessa 'figura' - e apanhando boleia do 'anónimo' anterior - para perguntar:
16 milhões de patacas de subsídio da Fundação Macau para quê? por outras palavras, alguém me pode informar do orçamento/custos da organização da passagem da Tocha por Macau.
Não estou a ver como, nem com um charter, aumentos dos custos da gasolina (sim, a 'motorcade' é grande), pagamentos extras aos polícias que perderam direito a férias e/ou folgas marcados para esse dia, bandeirinhas e bandeiretas, t-shirts para toda apopulação (ainda não recebi a minha)...nem com tudo isto somado consigo lá chegar. Nem de perto, nem de longe. Alguém me pode ajudar?
Pergunta bem! Infelizmente, nem o deputado Au Kam San, que diz ter pedido esclarecimentos sobre isso no início do mês, conseguiu ainda obter qualquer resposta.
Percebo que se queira aproveitar a ocasião para promover Macau, mas 16 milhões de patacas é muito dinheiro! É pecaminoso que a organização da passagem da tocha por um território desta dimensão custe essa fortuna!
"Pecaminoso" é o termo certo! Tinha começado por "vergonhoso", mas pecaminoso é mais coerente.
A grande dúvida que se me coloca neste momento é saber se os organizadores da passagem da tocha por Macau vão prestar esclarecimentos públicos sobre essa despesa antes do acontecimento, a 3 de Maio. É provável que só o façam depois, invocando que se tratou de um grande momento de demonstração do patriotismo da população local e de promoção externa da imagem do território, "plenamente justificativos" dessa despesa. Vai uma aposta?
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