A América Lat(r)ina parece, realmente, não ter cura. Castro, Chávez, Morales e quejandos, apoiados por loucos como Mahmoud Ahmadinejad, continuam a inflamar populações, a hostilizar forasteiros e a tentar desestabilizar o mundo.
E se, em vez disso, fossem até Pequim participar nos Jogos Para-Olímpicos? Estou em crer que preenchem os requisitos necessários (sem ofensa para os demais atletas, certamente bem mais lúcidos do que estes fanáticos)!
13 comentários:
pois, se todos os países fossem como o chile não é? os condores até são pássaros engrançados...
Se não forem mascotes de Fidel Castro de livre vontade, são mascotes de Bush à força. O 11 de Setembro não lhes deve sair da memória. O 11 de Setembro de 1973, entenda-se.
O leitor "wyrm" importa-se de ser mais concreto? É que eu desconheço quais são as palhaçadas que os dirigentes chilenos costumam fazer em público.
Quanto ao anónimo das 0h29, apenas lhe digo que há muitos líderes mundiais que não gostam do presidente dos EUA e nem por isso usam o discurso inflamado e irresponsável de Hugo Chavez. Ou acharia bem que os presidentes da China ou da Rússia começassem a falar e a agir da mesma maneira? Acha que o mundo seria melhor? O seu anti-americanismo ficaria satisfeito?
Prefiro que falem e que expulsem embaixadores do que, hipocritamente, terem discursos politicamente correctos e depois andarem a derrubar governos democraticamente eleitos de outros países e a invadir países soberanos por suspeitas que nunca se confirmam. Pelo menos os discursos de Hugo Chávez nunca mataram ninguém.
Pois eu prefiro que se portem todos bem!
Não sei se os discursos do Chavez matam ou não, mas o dinheiro que ele deu às FARC é capaz de ter ajudado a matar alguns inocentes. E ele podia fazer a sua "revolução socialista" sem andar a fechar os canais televisivos da oposição e, principalmente, sem passar o tempo todo a achincalhar os americanos (ou outro país qualquer), mas ou é insano ou usa deliberadamente a velha táctica de arranjar um inimigo externo para juntar o povo à sua volta e desviar a sua atenção dos problemas internos. Mas podia, ao menos, ser coerente e deixar de vender petróleo ao seu inimigo de estimação. Sabia que os EUA são o principal comprador do petróleo venezuelano? E que essa venda rende mais de 110 milhões de dólares DIÁRIOS aos cofres venezuelanos? Pois é, os yankees são uma merda, mas o seu dinheiro já é bom...
14 de Setembro de 2008 5:50
Eu não sou pago por ninguém para defender o Chávez e aponto-lhe muitos defeitos. Mas isso sou eu, que tenho a liberdade de tanto criticar uns como outros. Há é quem ache que todos têm de criticar exclusivamente estes novos governantes sul-americanos e mais ninguém, pois se criticarem os norte-americanos são logo acusados de anti-americanismo. Para mim, o que importa é isto: independentemente de se gostar do estilo ou não, Chávez faz frente ao governo norte-americano, mostrando que quem manda na Venezuela é ele (foi democraticamente eleito, de forma bem mais clara do que Bush, e ainda se sujeitou voluntariamente a um referendo). Bush foi eleito pelos norte-americanos para governar os EUA, e não para governar o resto do mundo, que cada país soberano é que escolhe quem o governe. É bom que haja alguns como Chávez para lembrar este pormenor aos norte-americanos e a muitos lambe-botas por esse mundo fora.
Pois o que eu vejo é o Chávez a falar muito mais dos americanos do que o inverso. Já reparou que ele fala dos "yankees" quase diariamente? É estranho que um chefe de estado precise de estar sempre a falar dos outros para mostrar que é ele que manda no seu país, não acha?
Por tudo e por nada, insulta os americanos. Convida os russos a enviar aviões de guerra até à Venezuela e ataca os americanos. Fala da Bolívia e expulsa o embaixador americano em Caracas. O homem é obcecado pelos americanos!
Torno a fazer a mesma pergunta: já imaginou o que seria os presidentes da China ou da Rússia começarem a falar e a agir da mesma maneira?
Quanto aos lambe-botas, parece-me que o que há mais neste mundo são lambe-botas dos anti-americanos. Sempre que aparece alguém como o Chávez ou o Saddam Hussein, lá vêm os idiotas úteis do costume esfregar as mãos de contentes. Só não descobri ainda é que contributo útil personagens deste calibre dão ao mundo. Enfim...
Claro, os norte-americanos é que dão contributos utilíssimos ao mundo...
O presidente da Venezuela pode expulsar os embaixadores que quiser do seu país. É soberano no país que o elegeu. O governo norte-americano também pode fazer no seu país o que bem entender, que eu não tenho nada a ver com isso. O que não pode é invadir países soberanos, como fez com o Iraque e não só, nem derrubar governos democraticamente eleitos de outros países, como já fez com o Chile e também não só. O governo norte-americano foi eleito para governar os EUA e não o mundo. E idiota é quem não percebe isso.
Parece-me indiscutível que os norte-americanos já deram mais contributos ao mundo do que a Venezuela... Basta ver quantos prémios Nobel já ganharam, só para dar um rápido exemplo. Ou também discorda disso?
De resto, vejo que o anónimo (e é pena que não dê a cara, como eu faço) continua a tocar a mesma cassete e a fugir às questões que lhe coloco: acha que um chefe de estado precisa de andar sempre a atacar os outros países para mostrar que manda no seu país? Já imaginou os americanos andarem a falar assim dos mexicanos? Ou o Sócrates dos espanhóis? Ou a China do Japão? Ou a Austrália da Indonésia?
E, realmente, Hugo Chávez "pode expulsar os embaixadores que quiser do seu país" só porque lhe dá na real veneta. Não me parece é que essa seja uma forma adequada de se fazer política.
E, tal como o governo norte-americano foi eleito para governar os EUA, também Hugo Chávez foi eleito para governar a Venezuela, o que significa que a sua preocupação devia ser o bem estar do seu povo. Pergunto: em que é que o povo da Venezuela beneficia com estes comportamentos do seu presidente? Sabe? Eu não...
"acha que um chefe de estado precisa de andar sempre a atacar os outros países para mostrar que manda no seu país?" (sic). Para si, então, atacar é com palavras. Temos conceitos diferentes sobre a mesma coisa. Para mim é bem mais grave atacar com bombas. E claro que os norte-americanos não falam assim , pois preferem as bombas às palavras. Nem o Sócrates, já agora, que esse idiota prefere entreter-se a atacar o povo (a classe média, note-se, não os amigalhaços) do seu próprio país.
Quanto aos contributos, preferia que os norte-americanos fossem um bocadinho mais poupados: podiam ter menos prémios Nobel e agredirem menos os outros países, que acho que o mundo também tinha mais a ganhar com isso.
Em relação à Austrália, acho que toda a gente sabe que foi o único país a reconhecer cabalmente a invasão indonésia de Timor-Leste desde o início, e já agora convém lembrar que esta aconteceu após ter sido dada luz verde pelos EUA. Mas como os medíocres governantes portugueses, esses sim, só têm tomates para sufocar o seu próprio povo e de resto não passam de uns lambe-botas, conseguindo inclusivamente estar de bem com todos ao mesmo tempo (Chávez, Bush ou qualquer outro), não ligaram ao facto de a invasão sobre território português ter sido perpetrada a coberto dos maravilhosos aliados anglófonos. Se Portugal não aprendeu nada com o Ultimato do século XIX, ia agora aprender com Timor...
Uma coisa é certa: tenho todo o direito de não me confundir com a maioria dos portugueses lambe-botas. Por isso não me canso de repetir que Bush tem de resolver é os problemas do seu país, que a população mundial não lhe deu nenhum mandato para desgovernar o mundo. E se a Venezuela beneficia ou não com os comportamentos do seu presidente, o tempo o dirá (esse mesmo tempo que demonstrou que uma sucessão de outros governantes venezuelanos corruptos, todos pró-americanos, deixou o seu povo na miséria - ou acha que a miséria dos venezuelanos começou com Chávez?), mas é ao povo venezuelano que cabe julgar isso. A mim basta-me que me deixem em paz a mim e a todos os outros que não gostam de interferências estrangeiras no seu próprio país.
Estavam era mal habituados, que tirando Cuba, mais ninguém na América se atrevia a desafiar os poderosíssimos e temíveis EUA. Mas há coisas que mudam. Felizmente.
O anónimo continua a misturar as coisas, pelo que julgo que não vale a pena prosseguirmos este debate. Mas ficam aqui gravadas para a posteridade as nossas diferentes perspectivas do assunto, já que, ao contrário de Hugo Chávez, eu não silencio quem discorda de mim. Neste aspecto, prefiro a tradição de liberdade de expressão dos norte-americanos. E dou sempre a cara pelas minhas opiniões...
Primeiro, à falta de melhores argumentos, dizia que eu não respondia às suas perguntas. Agora, que respondi, diz que misturo as coisas. Tudo subterfúgios de quem não consegue arranjar argumentos válidos para defender o indefensável. Chávez pode silenciar quem discorde dele dentro da Venezuela (e tenha cuidado, que Macau pertence à China, onde essa tradição está enraizada), mas é uma verdade incontornável que foi eleito democraticamente pelo povo venezuelano para governar a Venezuela. A tradição de liberdade norte-americana de que fala aplica-se apenas intramuros, e porque não existem verdadeiras ameaças políticas internas ao "statu quo" (se existissem, fazia-se outra "caça às bruxas", lembra-se?). De qualquer maneira, reitero que isso é lá problema deles, que eles é que têm o sistema que querem e votam, aparentemente, em quem querem. A minha exigência é muito simples e volto a repeti-la, já que insiste em fingir que não a percebe, nunca dando uma resposta a isto (porque é acrítico em relação a tudo o que respeita aos EUA): deixem o resto do mundo em paz, que cada país escolhe o seu sistema e tem o seu próprio governo. Eu tenho o direito de discutir os assuntos do meu país sem ingerência estrangeira (dos EUA) e o resto do mundo tem esse mesmo direito. É só isto, e é claro como água, não me venha agora atirar areia para os olhos e dizer que misturo tudo.
Já agora, se faz tanta questão em que se dê a cara, porque permite comentários anónimos? E sim, também acho que é melhor encerrar este debate, já que não é capaz de ter a imparcialidade de reconhecer os atropelos norte-americanos que sempre foram feitos e continuam a sê-lo por esse mundo fora, quer por razões políticas, quer por interesses económicos.
Recordo-lhe a primeira resposta que lhe dei (em 13 do corrente):
«(...) apenas lhe digo que há muitos líderes mundiais que não gostam do presidente dos EUA e nem por isso usam o discurso inflamado e irresponsável de Hugo Chavez. Ou acharia bem que os presidentes da China ou da Rússia começassem a falar e a agir da mesma maneira? Acha que o mundo seria melhor?»
A isto respondeu-me o anónimo que os americanos fizeram isto e fazem aquilo e, por isso, prefere alguém como Hugo Chávez. É como se os russos decidissem chamar recorrentemente prostituta à rainha de Inglaterra e o anónimo respondesse que isso não tinha problema, pois os ingleses até tinham participado no ataque ao Iraque. Ou como se Cavaco Silva perdesse a cabeça e chamasse meretriz à chanceler alemã, e o anónimo o desculpasse com o argumento de que os nazis tinham sido responsáveis pelo Holocausto. E por aí adiante...
Suponho que o anónimo seja uma daquelas pessoas que desprezam a forma de estar de Alberto João Jardim, o tal que, num comício, disse não querer chineses na Madeira. Acha que essas declarações devem ser desculpabilizadas com o argumento de que os chineses invadiram o Tibete, prendem e torturam os apoiantes da Falun Gong, ou fornecem armas ao Sudão e à Birmânia? Presumo que não. Então como é que usa esse tipo de raciocínio em relação a Hugo Chávez?
O assunto desta posta era a conduta de um chefe de estado que, sem provocação prévia, se dirige à multidão e diz «vão para o caralho, yankees de merda». Uma conduta que considero inaceitável num chefe de estado, no meio de tantas outras afirmações do mesmo calibre que insiste em fazer dia após dia.
Se quer falar da actuação dos governos americanos ao longo da história, então escreva sobre isso. Crie um blogue, envie um artigo para os jornais, o que quiser. Nessa altura, lá estarei para emitir a minha opinião, se me apetecer, mas no contexto do seu artigo e não para justificar a conduta de fulano A com a minha avaliação do que B terá feito em C.
Quanto à permissão de comentários anónimos neste blogue, ela existe para facilitar a participação dos leitores, especialmente porque considero exagerado submetê-los a um processo de identificação para mandarem comentários breves, pedirem uma informação, enviarem um "link" para uma notícia de interesse, sugerirem um tema para uma posta, etc. Já quando se trata de emitir considerações de fundo ou entrar mesmo em valorações de índole pessoal («tenha cuidado», «é acrítico» ou «não é capaz de ter a imparcialidade», por exemplo), julgo ser de bom tom assumir a respectiva autoria. Diria, até, que é uma questão de hombridade.
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