Na China, teve hoje início um luto de três dias pelas vítimas do terramoto de Sichuan, ocorrido há precisamente uma semana.
Macau juntou-se na sentida homenagem a todos os que pereceram na tragédia e na solidariedade para com os sobreviventes que perderam os seus entes queridos, observando três minutos de silêncio quando o relógio marcava as 14h28. Participei sinceramente neste gesto, tal como tenho acompanhado com atenção todos os noticiários sobre o assunto.
Pareceu-me, contudo, inadequado que os serviços públicos de Macau tivessem "mandado" os seus trabalhadores regressar do almoço alguns minutos mais cedo, para observarem esse momento de silêncio nos seus postos de trabalho, transformando, assim, quase numa obrigação profissional aquilo que devia ter sido um gesto individual, a cargo da consciência de cada um.
Pessoalmente, julgo que teria tido mais significado e impacto pararmos todos no meio da rua ou onde quer que estivéssemos às 14h28, em vez de o fazermos necessariamente enfiados nos nossos gabinetes, seguindo as instruções de alguém.
Se já pensava assim, ainda mais convencido fiquei quando vi o telejornal da TDM a mostrar imagens de transeuntes imobilizados no Largo do Senado - até um polícia em sentido a meio da passadeira -, o que logo me fez lembrar idêntico gesto adoptado maciçamente em Portugal há alguns anos, em apoio ao povo timorense.
São as chamadas diferenças de mentalidade, presumo...
segunda-feira, 19 de maio de 2008
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