sexta-feira, 23 de maio de 2008

Flibusteiros!

A Tiger Airways, transportadora aérea low cost de Singapura que voa para Macau, continua a não aceitar cartões de crédito emitidos no território. Ora, como os seus bilhetes só podem ser adquiridos através da Internet, torna-se necessário aos residentes de Macau recorrer a cartões emitidos no exterior. Foi isso que fiz há pouco tempo, pagando uma viagem à cidade-estado com um cartão de crédito da Caixa Geral de Depósitos.

Resultado: o banco público português cobrou ao titular do cartão 5,7 euros a título de «comissão de compras fora da zona euro»! Mas isto lembra ao diabo? Então uma das principais características dos cartões de crédito não é poderem ser utilizados indiferenciadamente em qualquer parte do mundo? Quer dizer, além da comissão percentual que cobram ao vendedor do bem ou serviço e da anuidade que cobram ao titular do cartão, agora também cobram uma comissão em função do país onde a transacção é efectuada?

Com tanta imaginação, não é de surpreender que a banca portuguesa continue a gerar lucros astronómicos quando o resto da economia nacional se arrasta em profunda crise...

2 comentários:

Leocardo disse...

Então isto quer dizer, quem for a Inglaterra, Noruega, Suíça, Suécia e Dinamarca, isso também acontece? Mesmo que três desses cinco países sejam da UE? É por isso que em Portugal não tenho nem número de contribuente. É de fartar vilanagem.

Nuno Lima Bastos disse...

Examinando o «Guia do Utilizador» dos cartões de crédito da CGD, verifico que prevê uma «Comissão de Serviço Bancário (para compras fora da zona Euro)» no montante de 1,7%, acrescida do imposto de selo.
Isto é tanto mais escandaloso quando me lembro que, em idos de 1993-94, quando ainda vivia em Portugal, costumava encomendar produtos de Inglaterra com o meu cartão de crédito (na altura, da NovaRede) e nunca paguei qualquer comissão por isso.